Nossa Senhora da Saúde

Nossa Senhora da Saúde
Este Ícone de Nossa Senhora da Saúde minha mãe o adquiriu no ano que eu nasci (1946) e está comigo até hoje.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

 

Por que (e como) devemos fazer o sinal da cruz antes do Evangelho na Missa?



Muito mais que um mero gesto, uma verdadeira oração!

Para os católicos romanos, há um gesto rápido que geralmente passa despercebido antes da leitura do Evangelho na Missa. É um “desenho” rápido da cruz, que contém muito simbolismo.

O gesto é uma imitação do que o diácono (ou sacerdote) faz antes de recitar as palavras do santo Evangelho. O Missal Romano estipula: “[depois de] ter anunciado o título do livro evangélico que será lido, o sacerdote traça, com o polegar direito o sinal da cruz sobre o livro e três [cruzes] sobre si (sobre a fronte, a boca e o peito).”

Porém, se um diácono vai proclamar o Evangelho, o sacerdote lhe dará uma bênção, em que deve recitar a seguinte oração: “O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que tu anuncies dignamente o Seu Evangelho. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

De maneira semelhante, quando o sacerdote é quem proclama o Evangelho, ele reza estas palavras silenciosamente: “Limpai o meu coração e meus lábios, Deus onipotente, para que eu possa proclamar dignamente o santo Evangelho.”

Os leigos que assistem à Missa são convidados a fazer uma oração e um gesto similar antes da leitura do Evangelho. Se quiserem, podem rezar, interiormente, esta breve oração: “A Palavra do Senhor esteja na minha mente, nos meus lábios e no meu coração”.

É um gesto belíssimo e com profundas raízes bíblicas. Por exemplo: Deus disse ao povo de Israel que recitasse uma frase particular (“Ouve, ó Israel…”) diariamente. Mas também que colocasse algo “como uma marca à sua frente” (Dt, 6,8). Muitos judeus os assumiram literalmente, e colocavam um pequeno pergaminho na frente deles. Era uma lembrança visível para manter sempre em mente a Palavra de Deus.

Em segundo lugar, a oração recorda a passagem em que o profeta Isaías recebe uma visão, na qual o anjo purifica os lábios dele com carvão queimando. Esta conexão se mantém na Forma Extraordinária da Missa, em que o sacerdote recita a referida oração antes do Evangelho.

Por último, a oração faz referência às palavras da Carta aos Hebreus, onde o autor escreve: “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).

Portanto, quando fazemos esse gesto na Missa, fazemos verdadeiramente uma oração profunda, que nos abre às palavras de Jesus Cristo. Sempre que ouvimos o Evangelho, Jesus bate às portas do nosso coração, esperando para entrar. Temos só que abrir as portas para Ele.

Fonte: Aleteia

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Proteja seu casamento contra o divórcio

Saiba como evitar que as crises do casamento levem à ruptura total


A fidelidade, o compromisso, a felicidade do outro, a santificação docasamento, o crescimento na fé parecem ser coisas que não têm espaço na sociedade atual, na qual o divórcio se estende como uma epidemia. Esta crise é um convite aos casais, para que enfrentem as situações que os ameaçam:

Armadura contra a infidelidade

Uma situação que ameaça o casamento é a infidelidade, que, de maneira astuta, chega de diversos lugares. Se o casal não quer correr o risco de ultrapassar fronteiras das quais é impossível voltar:

– Tentem viver os valores e detalhes que os levaram a apaixonar-se: uma ligação surpresa, enviar flores, cozinhar o prato favorito do outro etc.

– Evitem a influência de estranhos e más companhias, não façam coisas boas que parecem ruins, nem coisas que não gostariam que lhes fizessem.

– Evitem passar tempo desnecessário ou ficar a sós com pessoas do sexo oposto; tampouco compartilhem segredos sobre o seu casamento sem que o cônjuge esteja de acordo. A infidelidade pode começar como uma relação “inocente”.

– A rotina e o costume esfriam os relacionamentos; cuidem da chama do amor com detalhes que façam seu cônjuge se sentir amado.

– Mantenham vivo o entusiasmo, falem dos seus melhores momentos juntos, pois recordá-los reaviva o amor e lhes dá uma identidade como casal.

– A paixão começa muitas vezes com o que se vê; esforcem-se por manter uma boa aparência, para que os olhares não se dirijam a outra direção.

Armadura contra os problemas financeiros

As finanças podem ser uma causa de tensão no casamento, desgastando a relação. Por isso, precisam ser tratadas com prudência.

– Sejam sinceros sobre seus ingressos e tomem decisões juntos.

– Exponham suas necessidades e gostos, buscando que as decisões combinadas sejam para o benefício do casal.

– Ainda que as contribuições de cada um não sejam iguais, ambos precisam ter a mesma capacidade de dispor dos recursos.

– Tentem planejar os gastos e ajustar-se aos ingressos, a fim de ter um equilíbrio econômico que não leve a conflitos.

Armadura contra a má comunicação

Uma boa comunicação é a maior necessidade do casamento, já que a maioria das crises começa quando o trato e o diálogo deixam de existir.

– Dediquem tempo a escutar um ao outro e valorizem seus sentimentos. Quando estão juntos, tentem deixar de lado o trabalho, telefone, jornal, televisão etc. Olhem nos olhos um do outro.

– Falem sempre com a verdade, procurando não cair na agressão.

– Eliminem as palavras “sempre” e “nunca” do seu vocabulário, pois geralmente são usadas para reprovar e se tornam destrutivas na comunicação.

– Não culpem seu cônjuge sem tê-lo escutado, não lhe recordem fatos negativos, livrem-se de rancores e ofereçam à relação coisas que possam desfrutar juntos.

– Aprendam a dizer “eu” ao invés de “você”, porque um dos principais motivos de discussão é culpar o outro por causa de emoções ou sentimentos próprios.

Nesta batalha em defesa do casamento, o mais importante é fortalecer a relação dos esposos com Deus, que é o melhor escudo e a melhor espada para lutar contra o inimigo.

(Artigo publicado originalmente por Desde la Fe)

http://pt.aleteia.org/2015/01/22/proteja-seu-casamento-contra-o-divorcio/

sábado, 15 de agosto de 2015

Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete

Achei muito interessante esse texto extraído do livro “O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo e queria muito compartilhar com vocês.


“Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema…Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir…Mas a vida… sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente…Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte.

As vezes o ídolo da família, o bonzinho, o bola cheia que sempre ajudou azedou a comida só porque meteu a colher. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

sábado, 8 de agosto de 2015

Cardeal Müller adverte o perigo de adaptar a Igreja ao estilo de vida pagão


Cardeal Gerhard Müller - Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

WASHINGTON DC, 04 Ago. 2015 / 12:30 pm (ACI).- O Cardeal Gerhard Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, falou firmemente contra os intentos por adaptar os ensinos da Igreja a estilos de vida pagãos que se difundem na sociedade de hoje, pois introduz a arbitrariedade e o subjetivismo.

Numa entrevista ao jornal Católico ‘Die Tagespost’, no dia 6 de junho, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé explicou que colocar "qualquer forma de vida" ao mesmo nível das escrituras e da tradição "não é mais do que a introdução do subjetivismo e arbitrariedade embrulhados numa terminologia religiosa sentimental."

Os comentários do cardeal foram em parte vistos como uma crítica ao recente "concílio sombra" em que Bispos e especialistas da Alemanha, França e Suíça se encontraram em Roma, no dia 25 de maio, para discutir como a Igreja poderia adaptar a sua pastoral às experiências de vida dos dias de hoje, especialmente no que toca à ética sexual.

Segundo o site austríaco Kath.net, o Bispo de Osnabrück (Alemanha), Dom Fraz-Josef Bode, participante nesse encontro e um dos representantes do episcopado alemão no próximo Sínodo da Família, disse à imprensa que “as ‘formas de vida’ das pessoas deviam ser uma fonte de informação para as verdades morais e dogmáticas”.

Entretanto, o Cardeal Müller assinalou que estas "formas de vida" podem muitas vezes ser altamente pagãs e que a fé não pode ser resultado de um acordo entre ideias cristãs, princípios abstratos e a prática de experiências de vida pagãs.

Ele acrescentou que Roma vai apoiar a liberdade e responsabilidade dos Bispos, mas que isto vai ser ameaçado por "nostalgias de Igrejas nacionais e pela discussão sobre a aceitação de aspectos sociais."

O Cardeal alemão também disse que o Papa Francisco convidou cada bispo no Sínodo de Outubro como "testemunha e mestre da fé revelada”.

Sobre a controversa reunião privada realizada em Roma, o Cardeal disse que está certo trocar informações sobre qualquer assunto importante. Mas, acrescentou que não se pode controlar a verdade. Se este princípio fosse adotado e considerado verdade pela Igreja, levando-a a tomar decisões com base na opinião pública, a Igreja seria "abanada até às suas fundações", advertiu

O Cardeal Müller recordou que a Igreja Católica é mãe e mestra de todas as igrejas, é quem ensina e não quem é ensinada. "Ela não precisa de ninguém para lhe ensinar a fé verdadeira, porque é nela que a tradição apostólica tem estado fielmente guardada e onde será sempre preservada."

Dignidade do matrimônio cristão

Junto à defesa que o Cardeal Müller fez da doutrina católica, o Cardeal Ennio Antonelli, Presidente Emérito do Pontifício Conselho para a Família, publicou o documento “Crise do matrimônio e da Eucaristia”, no qual oferece sua contribuição ao próximo Sínodo dos Bispos, a ser realizado no mês de outubro e analisará diferentes temas, tal como a comunhão aos divorciados em nova união.

Assim, este documento é a reposta do Cardeal diante da proposta de algunscardeais, como por exemplo o alemão Walter Kasper. Ele não foi mencionado no texto, mas há algum tempo promove que o Vaticano modifique os ensinamentos da Igreja, para que seja permitida a comunhão dos divorciados em nova união.

“O matrimônio sacramental, rato e consumado, é indissolúvel por vontade de Jesus Cristo. A separação dos cônjuges é contrária à vontade de Deus”, recordou o Cardeal Antonelli.

Por isso, “a nova união de um cônjuge separado é ilegítima e constitui uma grave desordem moral permanente; cria uma situação que contradiz objetivamente a aliança nupcial de Cristo com a Igreja, que tem seu significado e atuação na Eucaristia”.

Por esta razão, indicou o Cardeal, “as pessoas divorciadas que se casaram novamente no civil não podem receber a Comunhão Eucarística, principalmente por um motivo teológico e também por um motivo de ordem pastoral”.

“Se fosse permitida a Comunhão aos divorciados em nova união, os fiéis seriam induzidos ao engano e confusão a respeito da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio”, indicou o Cardeal e recordou ainda que estas pessoas devem ser acolhidas pastoralmente para que saibam que apesar de sua situação irregular, continuam fazendo parte da Igreja.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O drama dos casais em segunda união


Na esteira do programa da última semana [1], no qual se apresentou a resposta da Igreja à questão da recepção da Eucaristia pelos casais em segunda união, o objetivo desta aula é apresentar a atitude pastoral da Igreja diante dessa mesma realidade. Qual a ação prática que ela realiza na acolhida a essas pessoas?

Antes de qualquer coisa, é importante deixar claro que o casamento, na religião cristã, é uma proposta de vida e de conversão: existe um evangelho a respeito do matrimônio – assim como há um a respeito do serviço social, da vida espiritual, das virtudes etc. –, um ensinamento dado por Cristo a esse respeito, ensinamento que desafia as pessoas e as chama a uma metanoia, a um crescimento no amor.

Todas as pessoas são convidadas a viver essa realidade, como declarou o Concílio Vaticano II: “Todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade” [2]. Então, antes de tratar diretamente o caso das pessoas em segunda união, importa dizer que não existe nenhuma categoria de pessoas dentro da Igreja que não deva ser desafiada a viver uma conversão mais profunda. É claro que esse desafio não pode ser uma pedra que esmague as pessoas na caminhada. Aqui entra a atuação dos diretores espirituais e dos confessores. Eles devem expor ao povo de Deus a verdade do Evangelho, de modo a situá-la nos casos concretos e individuais.

O que se nota, muitas vezes, no entanto, são tentativas de poupar as pessoas da conversão. Surgem, então, soluções pastorais para “incomodar menos as pessoas”: sem muitos escrúpulos, é proposta a admissão de pessoas recasadas à Comunhão, como se o Evangelho do matrimônio pudesse ser barateado ou como se as palavras de São Paulo sobre a dignidade da Eucaristia – “Cada um examine-se a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” [3] – não fossem suficientemente claras.

Antes de oferecer às pessoas um remédio para o drama em que vivem, é preciso estabelecer balizas fora das quais uma “solução pastoral” pode converter-se em abuso ou profanação. São elas o Evangelho do matrimônio e o Evangelho da Eucaristia. Essas duas realidades, firmadas pelo próprio Jesus, são absolutamente inegociáveis. O matrimônio tem uma mensagem de amor desafiadora, mas extraordinária, da qual não se pode prescindir. Do mesmo modo, a doutrina eucarística deve ser preservada incólume, e não distorcida como se a Comunhão fosse um “direito de todos os fiéis”.

Posto isso, partamos às situações concretas de quem vive em segunda união.

De modo genérico, a primeira coisa que se deve considerar é a hipótese da nulidade do primeiro matrimônio. Com a declaração dos tribunais eclesiásticos, que prestam à Igreja um importante serviço, é possível contrair núpcias. Note-se bem que se diz “núpcias” e não “novas núpcias” já que, declarada a nulidade, certo está que o primeiro matrimônio, na verdade, nunca existiu.

Enquanto se espera a palavra da Santa Sé, recomenda-se que o casal dialogue e procure viver a castidade, por mais difícil que essa palavra possa parecer ao mundo de hoje. Os diretores espirituais e confessores devem levar em conta esse aspecto; não podem ocultar ou obscurecer o Evangelho da castidade, sob a desculpa de ele ser muito duro de aceitar. Sim, é verdade que a castidade é um caminho difícil. Mas uma coisa é ter dificuldades em alcançá-la; outra bem diferente é sequer tentar trilhar esse caminho.

Fechada até mesmo a porta para a castidade, no caso de um parceiro que tenha dificuldades em aceitá-la e de uma união que já não se pode dissolver por conta de múltiplos fatores – como a educação dos filhos, por exemplo –, é preciso que as pessoas que se encontram nesta condição abracem a sua Cruz, vivendo este verdadeiro drama interior como caminho de conversão e purificação.

Trata-se de algo realmente trágico: muitas pessoas nesta situação têm o coração dilacerado por não poderem comungar de Jesus sacramentado. A Igreja, como mãe, acolhe essas pessoas, mas não pode deixar de chamá-las ao desafio da santidade – assim como faz com todos os seus filhos, sem exceção.

Também se recomenda que os casais em segunda união se alimentem espiritualmente e conheçam o Evangelho do matrimônio. As 133 catequeses do beato João Paulo II – que ficaram consagradas sob o nome de “Teologia do Corpo” [4] – podem ser um ótimo início. O site lançou, na última semana, um curso especial sobre o assunto [5], de que vale a pena servir-se para conhecer com profundidade a beleza da sexualidade humana aos olhos de Deus.


https://padrepauloricardo.org/episodios/o-drama-dos-casais-em-segunda-uniao?utm_content=bufferf44bf&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer

sábado, 25 de abril de 2015

Não batam palmas na igreja

São João XXIII: “Não batam palmas na igreja, nem mesmo para saudar o Papa”
Por A Catequista em 29/07/2014

Já faz tempo que nossos leitores vinham nos cobrando a publicação de um post explicando se podemos ou não bater palmas na missa. Sempre tivemos a nossa opinião pessoal sobre o assunto, mas preferimos não divulgá-la, pois nos faltava maior embasamento. Até que encontramos um vídeo em que São João XXIII pede aos fiéis para não aplaudirem dentro do templo de Deus.

No vídeo, muito simpático e acolhedor, o Papa se mostra grato pelo carinho que o povo lhe dá. A Igreja está cheia de jovens, que o aclamam ardorosamente, com muitas palmas. Mas, como bom pai, o santo não deixa de fazer a devida correção fraterna:

“Estou muito satisfeito por estar aqui. Mas eu devo exprimir-lhes um desejo:que na igreja não gritem e não batam palmas, nem mesmo para saudar o Papa, porque Templum Dei Templum Dei (o templo de Deus é o templo de Deus). Agora, se vocês estão felizes em encontrar-me nesta bela igreja, imagine como o Papa não está feliz em ver seus filhos! Mas assim que ele vê seus filhos, eles batem as mãos na frente de sua face. E esse que está diante de vocês é o sucessor de São Pedro!”

- São João XXIII; 1963, Ostia, IV Domingo da Quaresma (tradução nossa)

https://youtu.be/X9w96aXHxkU
Nesse link está as palavras do Papa.

Está bem claro que São João XXIII considerava falta de respeito aplaudir dentro do templo de Deus. É bom notar que era um Papa considerado por muitos como progressista, pois foi aquele que convocou o Concílio Vaticano II. Seu ensinamento sobre o decoro na igreja está de acordo com tudo o que os Papas e santos sempre afirmaram, e também com a doutrina atual da Igreja.

“O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram DE MODO SILENCIOSO MAS EXPRESSIVO o seu amor à Igreja.”

– São João Paulo II, Encíclica Ecclesia Eucharistia – grifos nossos

O templo é um local sagrado de culto, de adoração, de oração, de recolhimento, de meditação. É ali que o sacrifício de Cristo na cruz é reapresentado a cada missa, para a salvação do mundo. Não é o lugar, portanto, para demonstrações efusivas de contentamento. É claro, há momentos em que o povo de Deus pode, sim extravasar sua alegria de modo festivo: lembremos, por exemplo, a chegada de Jesus em Jerusalém. Muitos O saudavam em altos brados, dizendo: “Bendito é Aquele que vem em nome do Senhor!”; outros corriam para acompanhar os passos do burrinho; as crianças saltitavam. Mas tudo tem hora e lugar.

O que está no centro de todos os templos católicos? O ALTAR. E o que é o altar? É o lugar do SACRIFÍCIO de Cristo, e equivale equivale ao solo onde a cruz de Cristo foi fincada (saiba mais aqui). Tem sentido demonstrar euforia diante do Calvário? Não, né… Da mesma forma, não devemos fazer isso diante do santo altar.

A liturgia da Igreja permite aplausos em algumas ocasiões restritas, tais como:
para acolher um neobatizado;
para demonstrar alegria após o consentimento dos noivos, no Ritual do Matrimônio;
na criação de novos cardeais;
na posse de párocos.

Portanto, não se trata de banir as palmas completamente da missa, mas sim de utilizá-las com o devido decoro. O problema é que está havendo um grande abuso em nossos templos do uso das palmas. Arruma-se qualquer pretexto para aplaudir… Palmas para o aniversário de fulaninho, palmas para a Bíblia, palmas para a homilia, palmas para tudo!

É importante fazer uma ressalva: em algumas culturas, acompanhar a música com palmas é aceitável e digno (desde que o clima geral seja sereno e reverente, e não oba-oba). Isso é muito comum na África e no Brasil. No vídeo abaixo, vejam o belo exemplo de uma missa em Kuito (Angola). As pessoas estão vestidas com muita decência e estão bem compenetradas; não tem ninguém rodando a baiana nem requebrando, como nas lamentáveis “missas afro” aqui do Brasil!


Pausa para o momento “eu acho”. Eu acho que não devemos fazer um cavalo de batalha com essa questão. As palmas já fazem parte da rotina na maioria de nossas igrejas, e creio que isso não vai mudar. Boa parte do nosso clero não educou o povo a evitar as palmas; os que são contra, as toleram, para não melindrar o sentimento das pessoas; os que são a favor, as incentivam ainda mais, achando que assim a missa ficará mais atraente.

Antes bater palmas do que entrar na igreja montado na garupa de uma moto…



Antes bater palmas do que fazer da casa de Deus um circo…


comentários:
Tamires Figueiredo
outubro 28, 2014 at 4:03 pm · Reply

“Portanto, não se trata de banir as palmas completamente da missa, mas sim de utilizá-las com o devido decoro. O problema é que está havendo um grande abuso em nossos templos do uso das palmas. Arruma-se qualquer pretexto para aplaudir… Palmas para o aniversário de fulaninho, palmas para a Bíblia, palmas para a homilia, palmas para tudo!”

Olá. Como eu não bato palmas na Missa, me perguntaram se era errado o uso das palmas e se não, em que momentos poderia ser usadas. Eu entendo os argumentos dos Santos e Papas, mas a Igreja não tem nenhum documento oficial proibindo, então vim pesquisar um pouco mais. Na minha região é tido como absurdo não bater palmas na Missa visto que os próprios sacerdotes são os primeiros a incentivar. Dúvida: Em alguns comentários foi dito da possibilidade das palmas no Santo e no Glória desde que feito com o devido decoro e respeito. Mas… E na Procissão de Entrada? Também seria “aceitável”? E o ato de aclamar (levantando e sacudindo os braços) no HOSANA, ALELUIA, e no GLORIA? É errado também? Pergunto isso porque algumas pessoas que conheço não batem palmas mas na nesses momentos eles balançam as mãos respeitosamente, no sentido de aclamação. Aguardo resposta. E muito obrigada por tudo… Vocês tem me ajudado muito!

luiz
abril 13, 2015 at 2:17 pm · Reply

Amados!

Não há rubricas que digam que às palmas são litúrgicas,porém se compreendermos que o termo Eucarístia é ação de graças,se compreendermos que celebramos não um Deus morto que ficou pregado na cruz,mas sua ressurreição, por que não aceitar às palmas como expressão dessa gratidão e do nosso amor? Com essas expressões de louvação nos adoramos Com todo nosso ser como dizia Paulo Com Espírito, alma e corpo.
Outra coisa tb são às Missa chamadas inculturadas e por que não acolher como um dado de nossa Cultura?

Acredito que veêm o louvor,bater palma como algo profano, o que se dar nas Missas não são gestos vazios é adoraçao.

Alex Hoffmann
abril 13, 2015 at 11:22 pm · Reply

Caro Luiz, dizes:
“Não há rubricas que digam que às palmas são litúrgicas,”
Sim, não existe, mas existe sim uma coisa que devemos sempre cuidar pois, ao ofereceres a mão, arrancam-lhe o braço, ou outro ditado que diz: se o patrão senta, o camarada deita; isto significa que, ao abrir as portas para as palmas, tempo depois entra a banda de rock, depois da banda de rock, entra a dança, depois da dança a macumba, o espiritismo, e no final esta-se a usar a Igreja para vender pombas, carneiros, bezerros, ou seja a fazer negócios dentro do Templo que é para oração e Adoração a Nossos Senhor Jesus Cristo, isto podemos notar em casa, se a gente deixa nosso filho fazer uma única birrazinha e consente com ela, na próxima a birra é maior, e maior, e maior, até o filho de 5 anos ser o cabeça da casa, ser o chefe, o mandante e o que determina tudo, é assim porque trabalho como professor e vejo esta situação constantemente ao ponto do pai dizer, ajudem-me eu não sei mais o que faço, e o filho, na frente da direção da escola, professor presente, e quem mais ali se encontrar mandar o pai calar a boca e ficar quieto pois o pai é um bunda mole frouxo. Portanto, se tiver palmas, que sejam com muito cuidado executadas, sem excessos, tão moderadas que o seu barulho não ultrapasse a altura da voz do Celebrante sem o uso do microfone.
“porém se compreendermos que o termo Eucarístia é ação de graças”
Sim, a Eucaristia é Ação de Graças, mas não é nossa, nunca foi e nunca será até o fim dos tempos, a Eucaristia é Jesus Cristo que se oferece a Deus em holocausto pela remissão dos pecados do homem, porque nenhum de nós é capaz disto, então, quando o Padre faz a consagração, não é o padre que profere as palavras, mas Jesus Cristo mesmo que faz esta oferenda e, in persona Christi o padre consagra a óstia e as partículas, e em cada uma delas temos Jesus Crito por inteiro, corpo e alma, divindade e humanidade, de forma que, assim realiza a transubstanciação, Este É Meu Corpo…, Este É Meu Sangue…
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transubstancia%C3%A7%C3%A3o
No entanto, neste momento, quem tem dignidade de bater palmas se: não temos nada a oferecer a Deus senão o Cristo que oferece-se por nós? Qual respeito devemos ter para com este proceder? Devo eu mexer meu dedo se nada posso por minha conta? Neste momento não seria mais propício meter o joelho no chão em agradecimento, reconhecer que não sou eu, mas Deus que me salva, do que bater palmas?

“se compreendermos que celebramos não um Deus morto que ficou pregado na cruz,mas sua ressurreição, por que não aceitar às palmas como expressão dessa gratidão e do nosso amor?”
Devolvo a pergunta, por quê não ajoelharmos em adoração? Qual é mais digno a criatura que nada tem a oferecer, senão o sacrifício de Jesus por mim e por ti? Porque o sacrifício cruento não foi só para o povo da época, é pela salvação minha e tua também, porque sem isto, vamos para o inferno. Além do mais, posso ir parar no inferno por causa de meus pecados, então, bato palmas ou peço clemência? Até porque, Jesus Cristo abraçou a cruz por causa de mim e de você.

“Com essas expressões de louvação nos adoramos Com todo nosso ser como dizia Paulo Com Espírito, alma e corpo.”
Sim, se nós ficarmos contritos pensando e admirando Jesus Cristo e seu Santo Sacrifício de joelhos e mãos postas, isto não é um ato de louvor de espírito, alma e corpo?

“Outra coisa tb são às Missa chamadas inculturadas e por que não acolher como um dado de nossa Cultura?”
Eita, coisa não? Vamos lá, missa inculturada, que significa? Candomblé no meio da missa? Protestantização no meio da missa? Padre de santo no meio da missa? Atabaque, tambor, berimbau, reco-reco, chocalho? Missa inculturada acolhida durante o Santo Sacrifício como um dado de nossa cultura, bom, ou vamos assistir a Santa Missa ou vamos assistir ao boi bumbá, já pensou o padre e demais assistentes entrarem Igreja adentro vestido de maria chica, outro segurando um cavalo de pano na cintura, outro com um boneco gigante pendurado nas costas? Ou um padre fazendo uma missa e no meio da consagração, ele solta um misinfim, dá uma bicada na cachaça e solta uma baforada de fumo no meio do altar? Ou ainda, começa a se chacoalhar como se o pai de santo tivesse entrado nele? Ou que tal a missa gaudéria? Minha gente, vamo rezá a oração do Pai veio lá de cima…, e agora pessoal, que tal nois rodear o laço, se aprumar no taco da bota e soltar a garganta na música dos trocados? Não dá né.
Entenda uma coisa, o padre é o celebrante, nós somos o povo que assiste a missa, nós assistimos a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

“Acredito que veêm o louvor,bater palma como algo profano, o que se dar nas Missas não são gestos vazios é adoraçao.”
Mas no silêncio eu consigo me concentrar mais, ir mais fundo na contemplação e adoração. As palmas acabam por agitar, tira a concentração, se você está profundamente concentrado, qualquer barulhinho te tira de onde você tava e te põe numa superficialidade imensa. Já presenciasse uma Missa onde, no meio dela um celular toca? Todo mundo concentrado e, de repente aquele barulhinho tira a atenção do altar e põe todo mundo a procurar onde ou quem é o trouxa, e aqueles que não fizerem isto, ainda assim, em suas mentes, deixam de pensar no que se sucede na frente para pensar algo: putz, tinha que ter um…, então mesmo que as palmas não sejam vazias, tenha-se uma intenção, porém elas tiram a concentração. Vai no meio de uma sala de aula, com trinta alunos de sexto ano e agita eles pra ver quanto tempo você leva para que prestem atenção numa explicação de matemática. O ser humano, não importa a idade, se distrai fácil, uma abelha que esteja voando chama mais a atenção do que a missa lá na frente. Eis ai que, ao irem para a fila comungar, o povo esquece de como se comunga e acaba fazendo de qualquer jeito, pegando com uma mão só, esquece do amem, não reverencia e assim por diante.

Padre Orlando Henriques
abril 15, 2015 at 8:57 am · Reply

Luiz, não celebramos um Deus morto? Não é verdade: a verdade é que nós TAMBÉM celebramos o Cristo morto, aliás, morto e ressuscitado, porque o mistério pascal é a duas coisas ao mesmo tempo: a morte e a ressurreição de Cristo. De uma maneira tão inseparável que com uma só palavra – a palavra “Páscoa” – dizemos as duas realidades ao mesmo tempo. O Cristo que celebramos é o Cristo morto e ressuscitado.

Repare: o que é que o povo diz na Missa, logo a seguir à consagração? «Anunciamos, Senhor, A VOSSA MORTE, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.» Se nós «Anunciamos a vossa morte» como é que você pode dizer que não celebramos o Cristo morto? Não é só a ressurreição que nos interessa, mas também a morte de Cristo, porque foi pela sua morte que Cristo pagou o preço do nosso resgate. Ou não fosse o crucifixo o principal símbolo da nossa fé.

A fé cristã não é uma ilusão açucarada de optimistas ingénuos que fingem que não há sofrimento nem morte; pelo contrário, a nossa fé assume tudo o que a vida tem, com cruz e ressurreição. Quem se ilude a pensar que só celebramos uma ressurreição sem morte corre sérios riscos de virar ateu quando for confrontado a sério com o sofrimento humano; correndo o risco de ver aí o desespero de um vazio em vez da cruz do Senhor a caminho da ressurreição.
Deus o abençoe.

Nadja Chagas
abril 17, 2015 at 10:24 am · Reply

Bom dia!Temos um novo sacerdote em nossa paróquia. Ele tem uma inspiração para a homilia, nos dá uma verdadeira catequese, mas, e é isso que me consome e tira minha paz, ele gosta de puxar aplausos a toda hora, de nos fazer repetir mensagens para os que estão ao nosso lado, em quase toda a Celebração. Ele puxa um remexer nos ombros e nos braços com os dedos pra cima, como numa marchinha de carnaval,em muitos momentos da Celebração. Sinto uma profunda tristeza. Ontem quase saí do meio da Celebração, o engraçado é que minha filha de 13 anos pensou a mesma coisa, mas só me falou quando voltávamos pra casa. Ela também não se sente bem. Não sabemos o que fazer e como nos portar. O Padre anterior tinha muito zelo pela Celebração, mas era vazio em suas palavras, isso trouxe muitos problemas para ele, por causa de um certo grupinho que hj está felicíssimo, por que tudo está do jeito que eles queriam. Peço a Deus misericórdia por eles e por mim, pois sei que sou muito pecadora, não sou melhor que nenhum deles e que dependo dele para receber absolvição e receber Jesus, acredito que apesar das faltas a graça acontece. Confesso que é muito triste ver a bagunça que tudo está se tornando. A Igreja parece uma feira livre, está mais cheia, as pessoas estão mais felizes, mas isso é sinal de presença de Deus? Isso é sinal de que as coisas estão certas e que podem continuar assim. Por favor dê-me uma palavra de orientação e envie para o meu e-mail, pois não é sempre que estou no computador, parei para fazer meu desabafo, pois não sei como me portar. Meu filho de 19 anos me explicou em poucas e claras palavras o que muitos sacerdotes que estudam tantos anos ainda não aprenderam.
Muito grata,
A Catequista
abril 17, 2015 at 2:21 pm · Reply

Nadja, sinto muito por essa situação lamentável. Vou escrever para o seu email. Abraço!

Fonte: http://ocatequista.com.br/archives/13571#comments

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O caso Galileu - Ciência e fé incompatíveis?


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O que é o pecado contra o Espírito Santo

Por Prof. Felipe Aquino

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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Canonização de um Santo

A Igreja não faz santos, apenas os reconhece

São João Paulo II e São João XXIII


Nos últimos dias, muito se tem falado da elevação dos Papas João XXIII e João Paulo II aos altares. Mas, afinal, o que é uma canonização? Quais os critérios que a Igreja utiliza para declarar que uma pessoa é santa? É o que explicaremos neste post.

No livro do Apocalipse está escrito que uma multidão incontável de almas será redimida no Juízo Final (Apo 7,2). Toda pessoa que está no Céu é santa e, assim, há muitos santos anônimos. Porém, entre essas almas que alcançaram a glória, há aqueles que praticaram as virtudes cristãs de forma heroica, e por isso, durante sua vida e após a morte, são aclamados como santos pelo povo. Esses são fortes candidatos a serem canonizados pela Igreja, ou seja, inscritos no cânon, a lista de santos reconhecidos.

A canonização é o reconhecimento oficial da Igreja de que um determinado cristão está na glória dos Céus. Assim, é elevado à honra dos altares e poderá servir de exemplo para todos os fiéis. A vida do santo não é isenta de pecados (vide na Bíblia as falhas de Moisés, de São Pedro, de São Tomé etc.), porém, a sua amizade com Deus é tão profunda que se torna evidente para muitos.

“Virtude heroica não quer dizer que o santo seja uma espécie de ‘atleta’ da santidade, que consegue fazer coisas que pessoas normais não conseguiriam fazer. Quer dizer, em vez disso, que na vida de um homem se revela a presença de Deus, e se torna mais patente tudo aquilo que o homem não é capaz de fazer por si mesmo (…). Virtude heroica não significa propriamente que alguém faz coisas grandes por suas forças pessoais, mas que na sua vida aparecem realidades que não foi ele quem fez, porque ele só esteve disponível para deixar que Deus atuasse.”

- Cardeal Ratzinger. “L’Osservatore Romano” (06/10/2002)

Quando uma pessoa santa falece com fama de santidade entre uma parcela considerável de fiéis, esses podem solicitar que a Igreja canonize o falecido. Na Igreja primitiva, para que uma pessoa falecida fosse reconhecida como santa, bastava que o povo católico o aclamasse santo, contando com o apoio do bispo. E, pela Tradição oral, a crença na santidade daquela pessoa ia passando de geração em geração.

Com o imenso crescimento do número de fiéis, a Igreja viu a necessidade de estabelecer um processo formal antes de permitir que uma pessoa fosse cultuada como santa pelos católicos de todo o mundo. No andamento da causa de canonização, a vida do candidato a santo é cuidadosamente investigada. Muito resumidamente, esse é o fluxo do processo:



Beato é aquele que é bem-aventurado, ou seja, que alcançou uma boa ventura; em outras palavras, é alguém que se deu bem. Para a beatificação, que não possui caráter de infalibilidade, a Igreja exige que se comprove que uma pessoa recebeu uma cura milagrosa depois de pedir a intercessão do Venerável. Tal cura deve, necessariamente, ter sido analisada por médicos e cientistas (inclusive ateus e membros de outras crenças), sendo considerada como inexplicável à luz da Ciência. Os fiéis da igreja local poderão, a partir de então, prestar homenagens públicas (culto) ao beato.

Já para a canonização, que é infalível e definitiva, é preciso que um segundo milagre seja comprovado. Os católicos de todo o mundo serão autorizados, daí em diante, a prestar homenagens públicas (culto) ao santo.

Em alguns casos raros, o Papa pode decidir dispensar a comprovação dos milagres para decretar a beatificação e a canonização de uma pessoa. Esse foi o caso de São José de Anchieta, que foi canonizado com base na sua fama de santidade e nos relatos históricos de suas virtudes e milagres realizados em vida.



Para saber mais, leia “Onde se Onde se encontra a canonização dos santos na Bíblia?”, do site Veritatis Splendor. E para conhecer em detalhes o processo de canonização, acesse a instrução Sanctorum Mater.

http://ocatequista.com.br/archives/12802#sthash.HR8T1PwI.JE

terça-feira, 2 de setembro de 2014

As três desordens do pecado

As três desordens do pecado

O livro do Gênesis diz que “Deus criou o ser humano à sua imagem” [1]. Antes disso, o pecado já existia, não por natureza, mas pela má vontade dos anjos decaídos, os demônios. Foram eles quem, por inveja, se aproximaram do primeiro homem para tentá-lo. Até então, Deus o havia colocado em um jardim de benesses [2], com múltiplas possibilidades de árvores e animais para comer e inúmeras coisas para fazer, tendo proibido apenas uma coisa: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dele comeres, com certeza morrerás” [3].

Por medo da morte e pelo aviso divino, Adão e Eva não tinham comido da árvore, até que o demônio lhes tentou, invertendo o apelo de Deus e transformando em atrativo aquilo que era proibido: “De modo algum morrereis. Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal” [4]. Seduzidos pelo maligno, os primeiros pais pecaram e a desordem entrou na humanidade.

Para este curso de Terapia das Doenças Espirituais, o relato do livro do Gênesis sublinha um fato de notável importância: quando a serpente apresentou o fruto da árvore à mulher, ela “viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento” [5]. Estas três realidades – “comer”, “atraente para os olhos” e “desejável para obter conhecimento” – perpassam toda a história da humanidade: representam a tendência do homem para o prazer, para possuir as coisas e para o poder, essa última entendida como uma espécie de astúcia operativa.

São João entendeu bem isso, quando escreveu que “tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza [a soberba da vida] – não vem do Pai, mas do mundo” [6]. E o próprio Senhor, no deserto, foi tentado pelo demônio com essas três matérias [7]. Primeiro, Satanás propôs a Ele que transformasse pedras em pão, a fim de comer. Depois, “mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra” e prometeu dar-Lhe tudo aquilo, se Se prostrasse diante dele. Por fim, tentou Jesus a fazer uma demonstração de poder: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo”. Nosso Senhor venceu as três tentações, mostrando ao homem que é possível, com a Sua graça, vencer a carne, decaída pelo pecado original.

Mas, que são essas três coisas que com razão se podem chamar de “raízes” do pecado? Tratam-se de três libidos ( libidines, em latim). As duas primeiras são chamadas por São João de “ἐπιθυμία” (lê-se: epithumía) – assim, há a “ἐπιθυμία τῆς σαρκὸς”, que é a concupiscência da carne, e a “ἐπιθυμία τῶν ὀφθαλμῶν”, que é a dos olhos –, pois estão radicadas na potência concupiscível do homem. A terceira, por sua vez, está na potência irascível: é a “ἀλαζονεία τοῦ βίου”, a soberba da vida.

A primeira, a libido amandi, é o apetite desordenado que “tem por objeto tudo o que pode fisicamente sustentar o corpo seja para a conservação do indivíduo, alimento, bebida etc., seja para a conservação da espécie, as coisas venéreas” [8]. O objeto dessa concupiscência é tanto a gula quanto o sexo desordenado, que é o vício da luxúria. É curioso que, na mesma época em que se vê o fenômeno da anorexia, de meninas que morrem de fome porque não querem comer, percebe-se uma humanidade que busca o prazer venéreo, mas não quer assumir a responsabilidade dos filhos. As pessoas querem comer, mas não querem engordar; querem fazer sexo, mas não querem estar abertas à vida.

A segunda, a libido possidendi, “é concupiscência animal, e tem por objeto as coisas que não se apresentam para a sustentação e o prazer da carne, mas que agradam à imaginação [delectabilia secundum apprehensionem imaginationis] ou a uma percepção semelhante, por exemplo, o dinheiro, o ornato das vestes, e outras coisas deste gênero. É esta espécie de concupiscência que se chama de concupiscência dos olhos” [9].

A terceira é a libido dominandi. É a soberba fundamental de querer ser igual a Deus, como fez Satanás. Enraizada no irascível, essa libido deseja o bem enquanto algo árduo: “Quanto ao apetite desordenado do bem difícil, pertence à soberba da vida, sendo que a soberba é o apetite desordenado da excelência [appetitus inordinatus excellentiae]” [10].

É para combater essas três causas do pecado que se praticam as três obras quaresmais: o jejum, a esmola e a oração; e também os três votos evangélicos: a castidade, a pobreza e a obediência. Também aqui se identificam os nossos relacionamentos com o outro, com as coisas e conosco mesmos. Se abusamos de outra pessoa, usando-a como objeto para obter prazer, estamos cedendo à concupiscência da carne; se idolatramos as coisas, pensando estar nelas a nossa felicidade, cedemos à concupiscência dos olhos; e se fazemos de nós mesmos deus, estamos na soberba da vida.

Deus criou o homem para que ele participasse de Sua divindade, mas ele deveria sê-lo pela graça, não por suas próprias forças. Quando Eva “se apega ciosamente ao ser igual a Deus”, ela rouba, com “ἁρπαγμὸς” (lê-se: harpagmós): as suas mãos se fecham para pegar para si. As mãos de Cristo são o contrário das mãos de Eva: elas se abrem para dar. Enquanto Eva quis, Cristo tudo entregou. Enquanto as mãos de Eva se voltam ao lenho para pegar, as de Cristo se deixam pregar ao lenho da Cruz para dar. Da primeira árvore nos vêm a desgraça e a morte; da segunda, a graça e a vida, a nossa salvação.
Referências
Gn 1, 27
Cf. Gn 2, 8
Gn 2, 16-17
Gn 3, 4-5
Gn 3, 6
1 Jo 2, 16
Cf. Lc 4, 1-13
Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, I-II, q. 77, a. 5
Ibidem
Ibidem

https://padrepauloricardo.org/aulas/as-tres-consequencias-do-pecado

sábado, 2 de agosto de 2014

De onde vieram os símbolos dos Evangelhos?



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terça-feira, 1 de julho de 2014

Imaculado Coração de Maria


Em que consiste a devoção dos cinco primeiros sábados do mês em honra à Virgem de Fátima?

Em 1917, Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos de Fátima e, entre promessas e segredos, alguns revelados há pouco tempo, a Virgem prometeu a Lúcia que ela viveria muito tempo, a fim de propagar no mundo a devoção ao Seu Imaculado Coração.

De fato, no dia 10 de dezembro de 1925, Nossa Senhora apareceu à irmã Lúcia, junto com o menino Jesus, e ensinou-lhe a prática dos cinco primeiros sábados do mês em desagravo às ofensas cometidas contra a Sua dignidade.

Para entender por que se deve desagravar o Coração de Maria, é preciso entender que a gravidade de uma ofensa é proporcional à dignidade da pessoa que se ofende. Certos pecados são considerados muito mais graves, pois atingem pessoas que nos amam de forma especial e às quais devemos, portanto, uma honra maior. É o caso dos pecados cometidos contra os pais, que são proibidos pelo quarto mandamento: “Honrar pai e mãe”.

Se é grande a dignidade dos nossos pais terrestres, quanto maior é a dignidade da Virgem Maria, nossa Mãe celeste! Santo Tomás de Aquino chega a dizer que, bem “a beata Virgem, por ser a Mãe de Deus, tem uma certa dignidade infinita, proveniente do bem infinito, que é Deus” [1]. É assim porque Maria Santíssima está em uma ordem diferente daquela em que estão todas as outras criaturas. Nós, se na amizade com Deus, estamos na ordem da graça; os santos e os anjos estão na ordem da glória; a Virgem Maria, no entanto, está no mistério da “união hipostática”: tendo gerado a humanidade de Nosso Senhor, que é Deus, com razão ela é chamada Mãe de Deus, “habent quandam dignitatem infinitam – dignidade de certo modo infinita”. Por isso, quando se ofende a Nossa Senhora, cria-se uma imensa desordem no mundo, porque se deixa de reconhecer as maravilhas que Deus fez em Si [2].

Mas, por que cinco sábados em honra à Virgem de Fátima? Anos mais tarde, em 1930, a pedido de um de seus confessores, a irmã Lúcia explicou que são cinco os sábados desta devoção porque são também cinco as principais ofensas cometidas contra a dignidade de Nossa Senhora: primeiro, as cometidascontra a Sua Imaculada Conceição; segundo, as contra a Sua virgindade; terceiro, as contra a Sua maternidade divina; quarto, as ofensas de quem ensina crianças a desprezarem e terem ódio da Virgem; e, quinto, as ofensas feitas a ícones de Nossa Senhora.

Para reparar essas ofensas – que atingem a dignidade de certo modo infinita de Maria e a própria majestade de Deus –, no entanto, é necessária a ajuda divina. Por isso Nossa Senhora aparece à irmã Lúcia e lhe indica o que os homens devem fazer para desagravar o Seu Coração:

“Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses, ao 1.º sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.” [3]

Em outra ocasião, a irmã Lúcia:

“Apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas almas em se confessar ao sábado e pediu para ser válida a confissão de 8 dias. Jesus respondeu:”
“- Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.”
“Ela perguntou:”
“- Meu Jesus, as que se esquecerem de formar essa intenção?”

“Jesus respondeu:”

“- Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a 1.ª ocasião que tiverem de se confessar.” [4]

A Virgem Santíssima pede à humanidade este ato de desagravo pois sabe o mal que é causado no mundo quando se ofende o Seu Imaculado Coração. Tem consciência, ao mesmo tempo, do imenso bem que recebem as almas que prestam a devida veneração a Si, de tal modo que, assim como o quarto mandamento é acompanhado da promessa de longevidade – “Honra teu pai e tua mãe para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus” [5] –, a honra à Mãe de Deus, muito mais que a prosperidade terrena, alcança a salvação eterna.

Referências
Suma Teológica, I, q. 25, a. 6, ad 4
Cf. Lc 1, 48-49
Memórias da Irmã Lúcia, p. 192
Ibidem, p. 193
Ex 20, 12

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/em-que-consiste-a-devocao-dos-cinco-primeiros-sabados-do-mes-em-honra-a-virgem-de-fatima

sábado, 24 de maio de 2014

Latria, Dulia, Hiperdulia - diferença de culto

A visita dos 3 Anjos a Abraão

Alguns protestantes confundem o culto que os católicos tributam aos santos com o culto que se deve a Deus. Para introduzir o assunto da intercessão dos santos é necessário esclarecer a diferença que existe entre os cultos de "dulia", "hiperdulia" e "latria".

Em grego, o termo "douleuo" significa "honrar" e não "adorar".

No sentido verbal, adorar (ad orare) significa simplesmente orar ou reverenciar a alguém.

A Sagrada Escritura usa o termo "adorar" em várias acepções, tanto no sentido de douleuo como de latreuo, como demonstrarei através da "Vulgata", Bíblia católica original e escrita em latim.
"Tu adorarás o teu Deus" (Mt 4, 10)
"Abraão, levantando os olhos, viu três varões em pé, junto a ele. Tanto que ele os viu, correu da porta da tenda a recebê-los e prostrando em terra os adorou" (Gn. 18,2).

Eis os dois sentidos bem indicados pela própria Bíblia: adoração suprema, devida só a Deus; adoração de reverência, devida a outras pessoas.

A Igreja católica, no seu ensino teológico, determina tudo isso com uma exatidão matemática.

A adoração, do lado de seu objeto, divide-se em três classes de culto:

1. culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar - É o culto reservado a Deus

2. culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer honrar.

3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.

A latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.

O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de Deus.

O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.

Alguns protestantes protestam dizendo que toda a "inclinação", "genuflexão", etc, é um ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.
Já demonstramos, com o trecho do Gênesis, que isso não procede. Todavia, para deixar mais claro o problema, devemos recordar que o culto de "latria" (ou de "dulia") é um ato interno da alma.

A adoração é, eminentemente, um ato interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as circunstâncias e as disposições de alma de cada um.

Os atos exteriores - como genuflexão, inclinação, etc -, são classificados tendo em vista o "objeto" a que se destinam. Se é aos santos que se presta a inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o culto é de latria.

Aliás, a inclinação pode ser até um ato de agressão, como no caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso Senhor, "lhe cuspiram no rosto e, prostrando-se de joelhos, o adoraram" (Mc 15, 19).
A objeção protestante, dessa forma, cai por terra. Ou eles teriam que afirmar que havia uma "adoração" por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo! Eles simulavam uma adoração (ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de atos exteriores, mas seu desejo era de zombaria.

Fonte: http://arquidiocesedecampogrande.org.br/arq/formacao-igreja/fe-catolica/2988-diferenca-de-culto-latria-dulia-e-hiperdulia-

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Criação: o maior presente de Deus para os homens

Criação: o maior presente de Deus para o homem, afirma o Papa na Audiência Geral

O Pontífice fez seu ingresso na Praça S. Pedro a bordo do seu jipe aberto, percorrendo-a para saudar os fiéis que, entusiastas, acenam para o Santo Padre.

Em sua catequese, Francisco prosseguiu sua série sobre os sete dons do Espírito Santo falando desta vez sobre a ciência.

“Quando se fala em ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o circunda e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. Todavia, a ciência que vem do Espírito Santo não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura”, explicou o Papa.

Desse modo, a ciência nos ajuda a não cair no risco de nos considerarmos senhores da criação: ela nos foi entregue por Deus para que cuidemos dela e a utilizemos para benefício de todos, com respeito e gratidão.

O dom da ciência nos ajuda ainda a olhar as pessoas e as realidades que nos circundam sem as absolutizar, mas sabendo reconhecer os seus limites e a sua orientação para Deus. Tudo isto é motivo de serenidade e de paz, fazendo de nós Suas jubilosas testemunhas.

Quando criou o homem, Deus viu que se tratava de algo “muito bom”. Aos olhos do Senhor, somos a coisa mais bela da criação, estando até mesmo acima dos anjos.

“Somos superiores aos anjos, como diz o Salmo 8”, afirmou o Papa, pedindo que agradeçamos ao Senhor por esta predileção.

Predileção que, todavia, implica responsabilidade. O Papa insistiu de modo especial sobre “este presente de Deus para o homem”, que é proteger a natureza.

“Mas quando nós a exploramos, destruímos o sinal de amor de Deus. Destruir a criação é dizer a Deus: “Não gosto da natureza”, reafirmando o amor por nós mesmos. “Eis o pecado”, advertiu o Papa. Cuidar da criação é cuidar do dom de Deus e é agradecer a Ele por ter recebido esta incumbência.

“Esta deve ser a nossa atitude em relação à natureza: protegê-la, caso contrário, a natureza nos destruirá. Não nos esqueçamos disso.”

Francisco recordou um episódio que viveu no meio rural com um senhor simples, que plantava flores.

“Este senhor disse que era preciso proteger as coisas belas que Deus nos deu. Pois Ele perdoa sempre; os homens, “de vez em quando”; mas a natureza, nunca. E se não protegermos a criação, ela nos destruirá. Devemos refletir sobre isso e pedir ao Espírito Santo o dom da ciência para entender bem que a criação é o presente mais belo de Deus, o presente para a melhor das criaturas que Ele criou, que é a pessoa humana.”

Após a catequese, Francisco saudou os vários grupos de peregrinos presentes na Praça. Aos de língua portuguesa, disse:

“Saúdo os brasileiros vindos de Pouso Alegre, Campo Limpo e São Paulo e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino, os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”


(BF)

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/05/21/cria%C3%A7%C3%A3o:_o_maior_presente_de_deus_para_o_homem,_afirma_o_papa_na/bra-800914
do site da Rádio Vaticano

sábado, 5 de abril de 2014

As sepulturas na pré-história EB


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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Uma história que não foi contada


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segunda-feira, 24 de março de 2014

Francisco e a mudança na "fabrica de bispos"


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http://blognestorofilho.blogspot.com.br/search/label/*%20Francisco%20e%20a%20mudan%C3%A7a%20na%20%22f%C3%A1brica%20de%20bispos%22

terça-feira, 18 de março de 2014

Oração a São José

19 de março, São José, rogai por nós!
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos o vosso patrocínio.

Por esse laço sagrado de caridade, que os uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus conquistou com seu sangue,e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.

Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo.

Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.

Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; assim como outrora salvastes da morte a vida do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade.

Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Assim seja!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sacramento da Reconciliação


O site Zenit.org publicou (19/02/14) as palavras do Santo Padre na íntegra, em sua habitual audiência geral de quarta-feira, na qual continua tratando dos sacramentos, desta vez, abordando o Sacramento da Reconciliação. Confira:

“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros, em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom. O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).

1. O Sacramento da Penitência e da Reconciliação surge diretamente do mistério pascal. De fato, na própria noite de Páscoa, o Senhor aparece aos discípulos, fechados no cenáculo, e depois de ter dirigido a eles a saudação “A paz esteja convosco”, soprou sobre eles e disse: “Recebeis o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20,21-23). Esta passagem nos revela a dinâmica mais profunda que está contida neste Sacramento. Antes de tudo, o fato de que o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar a nós mesmos. Eu não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão se pede, se pede a uma outra pessoa e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um presente, é um dom do Espírito Santo, que nos enche com a misericórdia e a graça que surge incessantemente do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos que somente se nos deixamos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos podemos estar verdadeiramente na paz. E todos sentimos isso no coração quando vamos confessar-nos, com um peso na alma, um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus estamos em paz, com aquela paz da alma tão bela que somente Jesus pode dar, somente Ele.

2. No tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública – porque no início se fazia publicamente – àquela pessoal, à forma reservada da Confissão. Isto, porém, não deve fazer perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital. De fato, é a comunidade cristã o lugar no qual se torna presente o Espírito, o qual renova os corações no amor de Deus e faz de todos os irmãos uma só coisa, em Cristo Jesus. Eis então porque não basta pedir perdão ao Senhor na própria mente e no próprio coração, mas é necessário confessar humildemente e com confiança os próprios pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa somente Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um de seus membros, que escuta comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com ele, que o encoraja e o acompanha no caminho de conversão e amadurecimento cristão. Alguém pode dizer: eu me confesso somente com Deus. Sim, você pode dizer a Deus “perdoa-me”, e dizer os teus pecados, mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isto é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. “Mas, padre, eu me envergonho…”. Também a vergonha é boa, é saudável ter um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é saudável. Quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos que é um “sem vergonha”: um “sin verguenza”. Mas também a vergonha faz bem, porque nos faz mais humildes e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e em nome de Deus perdoa. Também do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que são tão pesadas no meu coração. E alguém sente que desabafa diante de Deus, com a Igreja, com o irmão. Não ter medo da Confissão! Alguém, quando está na fila para confessar-se, sente todas estas coisas, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sai livre, grande, belo, perdoado, purificado, feliz. É este o bonito da Confissão! Eu gostaria de perguntar-vos – mas não digam em voz alta, cada um responda no seu coração – quando foi a última vez que você se confessou? Cada um pense… São dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga a si mesmo: quando foi a última vez que eu me confessei? E se passou tanto tempo, não perder um dia a mais, vá, que o sacerdote será bom. É Jesus ali, e Jesus é o melhor dos sacerdotes, Jesus te recebe, recebe-te com tanto amor. Seja corajoso e vá à Confissão!

3. Queridos amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido em um abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai. Recordemos aquela bela, bela parábola do filho que foi embora de sua casa com o seu dinheiro da herança; gastou todo o dinheiro e depois quando não tinha mais nada decidiu voltar pra casa, não como filho, mas como servo. Tanta culpa tinha em seu coração e tanta vergonha. A surpresa foi que quando começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar, abraçou-o, beijou-o e fez festa. Mas eu vos digo: toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa! Vamos adiante neste caminho. Que Deus vos abençoe!”(Tradução Canção Nova / Jéssica Marçal)

Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/texto-da-catequese-do-papa-francisco-na-audiencia-da-quarta-feira–9